13 de abril
16:45
Querido diário,
Hoje é o primeiro dia de uma
saga no mínimo interessante. Creio que, em primeiro lugar, devo apresentar-me e
dar uma introdução do projeto. Chamo-me Pedro Ribeiro, tenho 29 anos, sou
historiador e recentemente fui contratado para apresentar um programa que
explora lugares misteriosos e “lendas”, por assim dizer. Coisas antigas, que
mexem com a imaginação e o raciocínio das pessoas. Uma espécie de série de documentários,
onde, além de contarmos as historias e relatos, eu e minha equipe vamos a
lugares lendários e inóspitos sentir a “experiência”. Programas assim nunca
foram muito populares aqui no Brasil, mas estamos tendo uma ótima aceitação,
tanto que recebemos um convite para transmitirmos em outros países da América
do Sul e, quem sabe futuramente, América Central também.
E para estrear no continente,
nossos produtores decidiram fazer algo grande: amanhã partiremos para uma ilha
inabitada, localizada no topo do nosso continente. Uma ilha que já fez parte de
uma colônia francesa, mas que hoje abriga apenas ruínas do que foi um presídio
no século XVIII, um hospício no século XIX, e um monte de lendas aterrorizantes
sobre espíritos malignos, magia negra e só Deus sabe mais o quê.
Pois é, residiremos durante
duas semanas neste local. Eu, minha equipe de cinco pessoas, dos quais falarei
mais adiante, comida e bebidas suficientes para um batalhão, nossos
equipamentos acompanhados de geradores e, claro, este diário. Minha pretensão
com ele é registrar todas as nossas experiências e descobertas a respeito do
local. Futuramente pretendo escrever um livro. Será um projeto paralelo ao
noticiário. Enquanto este é um projeto da emissora, onde sou apenas contratado, o livro será meu. E este diário será
minhas memorias, meu apoio, onde tirarei todas as lembranças e anotações para escrevê-lo.
Pretendo escrever apenas
experiências reais, o que será um pouco diferente do documentário. Neste,
iremos contar a historia do local com foco nas lendas que ouvimos a respeito do
local. O livro será um relato do que vi, ouvi e vivenciei. Quero que seja algo tão real que os leitores sintam a experiência. E espero, sinceramente, ter coisas
alucinantes para colocar nele. Estou torcendo por isso!
Bem, agora são 17:00 e ainda
preciso terminar de arrumar minhas coisas, ligar para meus pais e para minha
irmã, que já está cuidando do meu querido cão. Daqui a pouco meu melhor amigo, Felipe, chegará e
sairemos para tomar umas com uns amigos, como forma de despedida. Amanhã
sairemos, eu e a equipe, por volta das 13:00. Logo volto a escrever. Até lá.
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