sábado, 21 de abril de 2012

Parte 16

21 de abril
23:30

Estamos voltando para o ponto inicial, o local de onde nos separamos do resto da equipe. Desta vez estamos caminhando mais rápido, sem entrar nas salas, de forma a otimizar tempo. Conforme nossos passos aumentam de velocidade, os passos que nos seguem faz o mesmo. Tentei tirar fotos, mas nada apareceu. Porém, a atmosfera está mudando, parece que esfriou mais e a suave neblina ocupa ainda mais o lugar, dificultando nossa visão até com as lanternas. Agora pouco Renan jurou ter ouvido alguém sussurrar em seu ouvido. Uma voz suave, feminina. Achei que estivesse impressionado, pois o ambiente é muito sugestivo... Quem sabe.

Mas agora as coisas começaram a ficar ainda mais estranhas. A maldita boneca que nos observava na sala, quando viemos... Ela está sentada no corredor.

Lembro-me muito bem que a sala em frente a ela é a mesma sala onde a vimos na primeira vez, pois decorei o número: 96. Entramos, na esperança de encontrar outra boneca, sentada ali, mas ela não está mais lá.

Renan se perguntou se alguém está brincando conosco. A esta altura, estou começando a achar pouco provável. Realmente, se for uma brincadeira, está dando certo, estamos começando a ficar assustados.

Há poucos minutos, começamos a ouvir um choro baixo, suave, de menina. Chamamos, mas ninguém respondeu, porém, o choro pareceu ir se distanciando aos poucos.Olhamos para fora, e nada havia lá. Nada mesmo, nem a maldita boneca.

Tentei chamar os outros pelo rádio, mas só temos estática. Renan, aparentemente tão ou mais nervoso que eu, gritou pelos outros, mas nada aconteceu. As janelas das salas estão vedadas com tábuas, coisa que não havíamos reparado. Vamos continuar andando, agora mais rápido, a caminho da recepção. 




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